20 de jan. de 2010

Reflexos (mentiras desnecessárias)

(da série de textos perdidos)

Me dói esta melancolia sem propósito
Que nasce aqui, neste momento interno.
Assusta-me que este poço sem fundo de sensações
E sentimentos sísmicos neste instante ferva
Como a querer expelir tudo em desespero.
Mas, angustiado, descubro que não é possível
- os poços há muito estão selados pelo amálgama da razão -
Em verdade o que dói não sou eu:
Dói minh alma inteira ante o sentimento impossível
- o que é o impossível? - que em mim por ti existe
Dói esta emoção de ver-te perto
E ainda tão longe que ainda não ouso te dar meu poema.
E até que o ouse ele permanecerá lacrado
No fundo do meu poço-coração.
(24/03/1990)

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